terça-feira, 31 de maio de 2011

Teologias contemporâneas


Autores : Stanley J. Grenz - Ed. L. Miller

Para quem quer conhecer um pouco mais sobre as tendencias teologicas contemporaneas esse é sem dúvida um livro fantastico, que perpassa o que temos de mais relevantes na teologia dos ultimos tempos.O livro tem como autores os renomados Stanley Grenz, e Ed.L.Miller , teólogos de mao cheia. Boa dica de um livro nada pesado e de uma riqueza historica incrivel.

Eduardo Vaz

SINOPSE
O que teólogos tão polêmicos quanto Karl Barth, Dietrich Bonhoeffer, Wolfhart Pannenberg e Gustavo Gutiérrez têm em comum? Se você não sabe a resposta, não pode deixar de ler esta obra, nela os autores oferecem uma crítica bastante pertinente das principais teologias contemporâneas. A novidade desta edição em português é o acréscimo de um apêndice escrito pelo teólogo e filósofo Jonas Madureira. Nesse apêndice, é apresentada a teologia de Carl F. H. Henry, considerado por Billy Graham como o mais importante teólogo do evangelicalismo.

FICHA TÉCNICA
Título: Teologias contemporâneas
Código: 100360
Autor: Stanley J. Grenz - Ed. L. Miller
Editora: Vida Nova
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 272
Peso: 340 g.
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-275-0464-5
Categorias: Teologia
Edição: 2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

TEISMO ABERTO


Durante mais ou menos dois mil anos a igreja cristã, em todas as suas vertentes, confessou unanimemente crer em Deus-Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra. Essa sempre foi (e é) uma questão básica e inegociável para a igreja. Não havia dificuldade alguma em crer que há um único Deus, Pai, Filho e Espírito Santo e que esse Deus é todo poderoso e criador do céu e da terra. Trata-se, portanto, de uma questão básica para a igreja. Os pais da igreja confirmaram isso e sempre enfatizaram a presciência divina. Dessa forma, todos antigos escritores cristãos afirmaram esse ponto.

Porém, em meados dos anos 1980, um teólogo canadense chamado Clark Pinnock, começou a publicar alguns textos questionando a presciência divina também afirmando a autonomia da vontade em relação a Deus.

Mais recentemente, na metade do século XX, arminianos radicais, como o já citado Clark Pinnock, Richard Rice, Greg Boyd, John Sanders e David Basinger, reconheceram que se Deus prevê algo, então este forçosamente vai acontecer – em outras palavras, a presciência de Deus também é uma limitação do livre-arbítrio e, por isso, eles negaram que Deus conheça o futuro. Deus só conhece as possibilidades futuras. Nessa altura devemos fazer uma pergunta provocadora: quem criou o que Deus prevê? – se a resposta a esta pergunta for eco do ensino bíblico, só se pode concluir que Deus determinou aquilo que ele quer que aconteça, já que ele é o criador de todas as coisas. Mas, para tais autores, não havia como crer numa autonomia do ser humano mantendo a crença tradicional da onisciência divina. Dessa forma, esses escritores reinterpretaram os atributos de potência e onisciência em Deus. Segundo eles, Deus ao criar o ser humano, o criou livre dos seus atributos de poder e onisciência.

Assim, o chamado teísmo do livre-arbítrio (ou teísmo aberto) é um modelo novo, uma tentativa de encontrar uma posição mediana entre o teísmo clássico e a teologia do processo.2

O teísmo aberto pode ser resumido em quatro proposições:
1. O conhecimento que Deus tem de todas as coisas não é estabelecido na eternidade;
2. Sua presciência não é exaustiva, porque ele se auto-limita;
3. Seu relacionamento providencial com o mundo não é meticuloso;
4. O futuro não está totalmente seguro.

Estes escritores costumam dar mais fundamentação bíblica para as suas afirmações do que outros movimentos costumeiramente fazem. Todavia, no seu próprio interesse, eles dizem que a linguagem bíblica não é simplesmente fenomenológica ou antropológica, mas literal. Tomando literalmente muitos textos, eles formulam a abertura de sua teologia no que respeita a Deus.3

Numa série de livros, Clark Pinnock e John Sanders têm promovido uma visão de um Deus finito e limitado em seu poder e conhecimento. Eles afirmam que se o homem tem livre-arbítrio de verdade, então Deus não pode ordenar nem conhecer os eventos que irão acontecer no futuro. O futuro está em aberto, no sentido de ser tanto criação do homem como de Deus.4 Como Pinnock escreve:

A ideia da responsabilidade moral exige que acreditemos que as ações não são determinadas, nem interna nem externamente. Uma importante implicação desta forte definição de livre-arbítrio é que a realidade permanece, em certa extensão, aberta, e não fechada. Isto significa que uma novidade genuína pode aparecer na história, que não pode ser prevista por ninguém, nem mesmo por Deus. (…) Tal conceito implica em que o futuro realmente está em aberto, e não disponível à exaustiva presciência nem mesmo da parte de Deus. Fica bem claro que a doutrina bíblica do livre-arbítrio humano exige de nós que reconsideremos a perspectiva convencional da onisciência de Deus.5

Em outras palavras, o que se infere é que quase que a totalidade da tradição cristã, incluindo aí o arminianismo clássico, desde o primeiro século até agora, tem afirmado uma noção equivocada quanto à natureza de Deus – mas, felizmente, no fim do século XX, Pinnock, Sanders e outros conseguiram finalmente entender a verdade! Essa postura soa arrogante quando se observa que a Escritura é clara ao refutar tal ensino. Uma rápida checada nas Escrituras mostra que um dos fatores que distingue o Deus verdadeiro de Israel dos falsos deuses é precisamente o fato de que Deus conhece o futuro absolutamente e, assim, é capaz de predizer o que acontecerá com certeza (Is 46.10). Os planos de Deus não são frustrados (Sl 33.10-11), porque ele faz tudo segundo o conselho da sua vontade (Ef 1.11).

A fim de facilitar nossa compreensão, segue abaixo uma comparação entre a visão “aberta” e a visão reformada tradicional.



Os problemas do teísmo aberto são muitos. Roger Nicole, numa resenha que escreveu sobre um dos principais textos deste movimento, The Openness of God, levanta vários problemas e perguntas a respeito do teísmo aberto.

Primeiro, ele nota que o teísmo aberto não é consistente com a existência de profecias detalhadas nas Escrituras. “Como Deus poderia saber que Judas trairia Jesus por 30 moedas de prata, quando o pagamento e aceitação de tal soma dependiam de decisões imprevisíveis dos principais sacerdotes e de Judas?” De fato, uma profecia, como a crucificação de Jesus, não apenas exige que Deus conheça o que acontecerá no futuro, mas que ele também tenha controle soberano sobre cada decisão livre de todos os agentes que participaram nos eventos, como de Pôncio Pilatos e dos soldados que lançaram sortes sobre a túnica de Jesus. Mas, como Nicole afirma, se Deus nem soubesse com certeza que Adão cairia em pecado, certamente ele não poderia “prever a morte de Cristo antes da fundação do mundo” (1Pe 1.20; Ap 13.8; 17.8). A visão de Pinnock e Sanders, segundo Nicole, faz com que Simeão tivesse mais conhecimento do que Deus (Lc 2.35).

Roger Nicole também está correto ao indicar a futilidade da oração, se o teísmo aberto fosse verdadeiro. “O que dá direito aos autores [do The Openness of God] a aconselharem Deus em suas orações? O que eles sabem que Deus não sabe?” E por que perder tempo pedindo que Deus intervenha para salvar os pecadores? Já que Deus não interfere com o livre-arbítrio das pessoas, ele não poderá fazer nada para influenciar a pessoa para se tornar uma cristã. Sem conhecer o futuro, Deus nem pode saber como as pessoas reagiriam a qualquer influência colocada em seu caminho. Deus estaria completamente desamparado diante da autonomia do pecador.

Concordamos com a avaliação de Nicole. O caminho para aqueles que têm abraçado o teísmo aberto parece ser o completo abandono da fé cristã histórica. Uma por uma, as outras doutrinas centrais da fé cristã serão abandonadas, ou por estes autores, ou por seus discípulos, exatamente como já aconteceu no passado. O caminho para o liberalismo e, depois, para o naturalismo, começa com a doutrina da autonomia do homem. A conclusão dele está correta:

Não é muito difícil prever para onde estas pessoas se moverão, se elas seguirem a lógica de sua própria posição. Eles brevemente abandonarão a doutrina cristã do pecado original, porque ela será vista como incompatível com o livre-arbítrio de todo ser humano que entra neste mundo (conforme Pelágio). O passo lógico seguinte é renunciar a expiação substitutiva penal, como tem frequentemente acontecido no liberalismo e até mesmo no arminianismo. Quando a expiação se vai, não há nenhuma grande necessidade de se manter a deidade de Cristo, e quando isto se vai, geralmente se descarta a doutrina da Trindade. Então, a pessoa estará em pé de igualdade com o socinismo, que é o último passo antes da total negação do cristianismo. Na outra direção, a sedução da teologia do processo, que os presentes autores são ávidos em repelir, indubitavelmente exercerá algum poder sobre suas mentes. Quando alguém lê este livro, tem a impressão de que muitas vezes algumas páginas foram escritas por John Hick.6

Para concluir, precisamos notar que alguns dos defensores do teísmo aberto têm afirmado que este seria uma recuperação da cosmovisão judaica, afastando a fé cristã das influências da filosofia grega. Mas é necessário perguntar: que cosmovisão judaica? Ao se estudar a literatura judaica antiga, o que fica evidente, por um lado, é o desprezo destes pela cultura helênica e, por outro lado, a ênfase na onipotência absoluta de Deus. Basta um pouco de familiaridade com alguns dos textos de Efraim Urbach, Akiba, Tanchuma bar Abba, Hanima, Joshua ben Hananiah, entre outros, para perceber esta diferença. A ideia básica do antigo judaísmo é que Deus dirige todos os atos dos homens rumo ao fim que ele mesmo estabeleceu. E é nesse ponto que o judaísmo antigo foi mais acentuadamente contrastado com o paganismo. No fim se descobre que não existe nada novo nas atuais posições dos defensores do teísmo aberto que não tenha sido ensinado no passado, por Heráclito, por exemplo, ou, na atualidade, pelos adeptos da teologia do processo.7

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1Resumido e adaptado de Franklin Ferreira e Alan Myatt, Teologia Sistemática (São Paulo: Vida Nova, 2007), p. 308-310, 337-341.
2Heber Carlos de Campos, “O teísmo aberto: um ensaio introdutório”, em Fides Reformata, v. 9, n. 2, p. 34: “O Teísmo Aberto tem afinidade com o arminianismo de um lado e com o Teísmo da Teologia do Processo, de outro. À semelhança do arminianismo, o Teísmo Aberto crê que o conhecimento de Deus é dependente das escolhas humanas, mas, em contraste com o arminianismo, o Teísmo Aberto rejeita a ideia de que Deus tenha um conhecimento exaustivo das coisas. O arminianismo clássico nunca sustentou essa visão do futuro aberto”.
3Heber Carlos de Campos, “O teísmo aberto: um ensaio introdutório”, p. 38.
4Cf. Clark Pinnock (ed.), The openness of God e John Sanders, The God who Risks; a theology of providence.
5Clark Pinnock, “Deus Limita Seu Conhecimento”, em David Basinger e Randall Basinger (ed.), Predestinação e livre-arbítrio, p. 182-183.
6Roger Nicole, resenha do livro Clark Pinnock (ed.), The openness of God; a Biblical challenge to the traditional understanding of God, disponível em: http://www.monergismo.com/textos/presciencia/open.htm, acessado em 10.12.2005.
7Cf. especialmente Russell Fuller, “Os rabinos e as declarações dos defensores do teísmo aberto”, em John Piper, Justin Taylor e Paul Helseth, Teísmo aberto; uma teologia além dos limites bíblicos, p. 27-49.

Texto retirado do site da Vida Nova

Franklin Ferreira
É Bacharel em Teologia pela Escola Superior de Teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Mestre em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, foi professor de teologia sistemática e história da igreja no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil no Rio de Janeiro (1997-2007) e professor visitante no Seminário Teológico Servo de Cristo, São Paulo (2002-2006). É autor dos livros Gigantes da Fé e Agostinho de A a Z e também Teologia Sistemática publicado por Edições Vida Nova


FONTE - http://www.reflexosdesofia.com/sofia/2011/?p=124

domingo, 22 de maio de 2011

William Lane Craig no Brasil


William Lane Craig, renomado filósofo e apologeta cristão, virá ao Brasil para participar do 8º Congresso Brasileiro de Teologia Vida Nova, em março de 2012. Ele também estará em outros eventos organizados por Edições Vida Nova.

Para você acompanhar todos os detalhes da vinda de William Lane Craig, o blog williamcraignobrasil.blogspot.com trará informações oficiais atualizadas de sua agenda no Brasil.

Siga e divulgue o blog, que também anunciará lançamentos e reedições das obras do doutor Craig


Congresso Vida Nova
Nos dias 13 a 16 de março de 2012, em Águas de Lindoia - SP, ocorrerá o 8º Congresso Brasileiro de Teologia Vida Nova, com o tema: Apologética contemporânea para um mundo de incertezas.

Além de William Lane Craig, teremos como palestrantes Augustus Nicodemus Lopes, Jonas Madureira, Marcos Eberlin, Guilherme de Carvalho, Carlos Osvaldo Cardoso Pinto e Davi Charles Gomes.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Como ler Gênesis – Tremper Longman III


Como ler Gênesis – Tremper Longman III – Editora Vida Nova

Alguns amigos já haviam comentado muito bem sobre essa obra, porem, parece que, quando não estamos muito interessados em um tema específico, qualquer leitura pode se tornar chata e cansativa. Li “COMO LER GÊNESIS” pela primeira vez logo quando o comprei em 2009 porem, fiz uma leitura rápida e bem mecânica, o que não me deu a mesma impressão que tenho da obra hoje.

Tremper Longman III pareceu-me bastante confiável e claro, além de demonstrar uma erudição bem peculiar e capacitada para a temática, pois o mesmo é PhD em estudos do Oriente Próximo e velho testamento. Para os liberais de plantão, já digo que ele é conservador, teologicamente falando.

Essa obra quebrou alguns dos meus paradigmas, ajudando-me a ler Gênesis com outro olhar. A menos que tenhamos uma mente claramente despida de nossa visão de mundo de hoje, iremos errar a interpretação do conteúdo literário, teológico e histórico de Gênesis.

Uma coisa muito interessante nesse livro é a reflexão do autor sobre a sociedade na qual o escritor de Gênesis se baseou ao escrever essa obra. Muitos cristãos protestantes, e até católicos, caem na armadilha de ler Gênesis com um olhar científico moderno. Como se ‘inspiração’ fosse o mesmo que ‘psicografia espírita’. O autor crê que a Bíblia Sagrada é a palavra de Deus inspirada. Assim, fica bem claro que ela é inspirada por Deus, mas escrita dentro de um contexto humano e social, o que faz dela um livro que contém de tudo. Assim, Deus inspirou homens a escrever suas histórias, fatos e poesias que nos conduzem a uma vida com ele hoje.

Segundo o autor, Gênesis foi escrito dentro de uma cultura politeísta que adorava os astros como o sol, a lua, a natureza e afins. O autor de Gênesis (não sabemos quantos foram, mas tudo indica que foram dois) apresenta o texto sagrado como sendo resposta apologética a essa cultura politeísta. Se, por um lado, o povo adorava o sol, a lua e os fenômenos da natureza, o autor dizia: meu Deus criou o céu e a Terra. Imagine você o choque que isso trouxe àquela sociedade! Até então, adoravam o que não era de fato Deus. Aí vem alguém e diz: o que vocês adoram, foi o meu Deus quem criou poderosamente.

Outro erro, que eu já sabia, mas que preciso contar aqui para que meus amigos e irmãos saibam, trata-se de ler Gênesis como texto científico. Como se o autor precedesse Darwin para saber que um dia alguém proporia a teoria da evolução e que Deus já teria proposto a teoria da criação. Não! Nada disso!!!! Gênesis não é texto científico e nem tinha como alvo defender uma teoria científica da criação, ainda que o auge do texto seja “DEUS CRIOU TUDO”.

Enfim, posso fechar essa pequena resenha dizendo que essa obra foi de grande ajuda para que alguns de nós de fato entendamos que, sendo a bíblia inspirada, não significa que ela não tenha que ser interpretada, ou que ela não tenha gênero literário ou propósito em cada um de seus livros. Para exemplificar, seria como ler Provérbios como se fosse uma epístola, ou Gênesis como se fosse crônica. Seria um baita erro. Quando respeitamos o tipo de literatura, nossa leitura passa a ser bem mais clara e lúcida.

Como dica para os mais fundamentalistas entre os que visitam esse blog, quero dizer que Santo Agostinho, um dos pais da Igreja, já dizia sobre a natureza literária de Gênesis, em “Comentário de Genesis”. Livro escrito muitos anos antes de Darwin e que propunha que deveríamos lê-lo totalmente dentro do seu contexto literário e não forçando um olhar histórico em tudo, mas observando o que de fato o livro quer nos ensinar tanto histórica como teologicamente.

Eduardo Vaz
http://eduardovaz.blogspot.com

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Que Significa Ter um Relacionamento com Deus?


Dr. Craig,

Eu sou estudante de filosofia e sou ex-cristão. Eu perdi minha fé durante minha graduação após perceber que tinha aceitado minha fé sem reflexão. Assim como vários de minha idade, eu abandonei minha cosmovisão e embarquei em uma busca por respostas. A busca rapidamente formou em mim um caráter intelectual que me conduziu às alegrias da filosofia (que, sou feliz em dizer, escolhi como carreira a seguir). E tendo gosto por boa filosofia e boa apologética, minhas dúvidas sobre a fé cristã foram intelectualmente satisfeitas.
Embora eu tenha admitido que Deus exista e que Cristo ressuscitou, eu absolutamente não tenho nenhuma idéia do que significa ter uma relação com Deus; o conceito é completamente misterioso a mim. O que significa confiar em Deus? E para que? Por que falar com Deus? O que alguém diria a ele? O que alguém ouviria dele? O que é esperado de mim e o que eu posso esperar de Deus? Existe alguma experiência única para estas conversas, ou devemos orar a despeito do sentimento de que ninguém está nos ouvindo?

O que é pior, entretanto, é o sentimento de que eu estou motivado não por amor, mas por expectativa. Isto é, eu cresci na igreja e tive impresso em mim que o relaciomanto surge juntamente com a crença. Eu agora creio, então eu espero começar um relacionamento. Mas eu não me sinto cultivando est relacionamento com Deus.

As coisas que a Bíblia diz sobre a questão parecem misteriosas ou confiam demais em uma analogia ao relacionamento humano (certamente a analogia Pai-filho fica mais forte na permissão de sofrimento por parte de Deus). E sobre a morte de Cristo, eu devo admitir que eu tenho uma dificuldade enorme em me sentir grato pelo Seu sacrifício, uma vez que muitas partes da história da justificação estão em tensão com minhas intuições sobre justiça (p. ex. a expiação substitutiva).

Eu entendo que estas questões não foram bem formuladas, mas isto simplesmente mostra a minha confusão sobre o assunto. Qualquer resposta será grandemente bem vinda.

Obrigado,

Mark

P.S. Filosofia e Cosmovisão Cristã me introduziu à filosofia. Então obrigado novamente.




Resposta do Dr. Craig:

Foi muito animador receber sua carta, Mark, e saber de seu retorno à fé cristã! Eu espero que você esteja consumindo os trabalhos de Alvin Plantinga, especialmente Warranted Christian Belief, que possui um bom número de material relevante à sua questão, particularmente suas discussões sobre as afeições religiosas.

Enquanto lia sua questão, eu comecei a pensar se você não se encontra na situação de alguém que retornou intelectualmente a crer na cosmovisão cristã, mas que não tem ainda uma relação salvadora com Deus, e assim eu não posso te ajudar. Perdoe-me se eu estiver errado, mas uma vez que eu não conheço a sua história, eu posso apenas conjeturar.
Uma de minhas preocupações em relação a ministérios como o meu, que se focam na verdade da cosmovisão cristã e argumentos para esta verdade, é que as pessoas podem não perceber que a fé cristã não se trata apenas de ter uma mudança de mente e aceitar uma nova cosmovisão. A fé cristã é sobre termos um novo relacionamento e nos tornarmos uma nova pessoa. É fácil nos perdermos quando estamos tão focados na defesa proposicional da verdade.

A fé cristã é sobre vir a se relacionar com Deus de forma salvífica. Obviamente todos nós estamos relacionados com Deus de algumas maneiras, como criaturas do Criador, mas a fé cristã enfatiza que em um nível mais pessoal nós não nos encontramos naturalmente em relação com Deus. Estamos, na verdade, alienados espiritualmente de Deus por causa do pecado (mal moral) que perverte nossas vidas. Nós não cumprimos nossas obrigações morais para com Deus, para com outros ou para com nós mesmos: nós fazemos o que não deveríamos ter feito e não fazemos que deveríamos ter feito. Como resultado nós nos encontramos moralmente culpados diante de um Deus santo e sob Seu justo julgamento. Nosso relacionamento pessoal com Deus foi, assim, rompido. Como um Pai e um filho que são estranhos um ao outro por causa da rebeldia do filho, assim nós nos encontramos estranhos a Deus. Deus não nos criou para ter conosco uma relação de condenação, mas de aceitação; também não fomos criados para ter com Deus uma relação de indiferença ou hostilidade, mas de amor e adoração. Assim, eu acho que você consegue enxergar o quão arruinada e bagunçada nossa relação com Deus está. Ao invés de amizade, existe alienação e inimizade. É isto que significa uma falta de relacionamento pessoal com Deus.

Então Deus se propôs a restaurar a relação pessoal com Ele, para a qual nós fomos criados. Uma vez que somos, de acordo com a Bíblia, mortos espiritualmente em nossa condição pecaminosa, isto é, sem um relacionamento com Deus e sem a capacidade de mudar este quadro, Deus deve nos sacudir espiritualmente a fim de nos colocar novamente no caminho de um relacionamento com Ele. A Bíblia chama isto de “regeneração” (no vocabulário popular, regeneração significa “nascer de novo”). Este ato acontece pela ação do Espírito Santo em resposta à ação de uma pessoa em depositar sua fé em Cristo para a salvação.

Agora “fé”, como o reformador Martinho Lutero enfatizou, é uma palavra multivalente. No nível mais básico, a fé envolve o que Lutero chamou de notitia, que é simplesmente o conhecimento ou o entendimento de uma proposição. A seguir vem o que ele chamou de assensus, que é assentir com tal proposição em questão. Finalmente existe a fiducia, que é confiar relevantemente em uma pessoa ou em uma coisa. Todas as três estão envolvidas na fé salvadora. Primeiro, há o entendimento das grandes verdades do Evangelho, como a existência de Deus, a minha culpabilidade diante de Deus, que Deus enviou Seu Filho Jesus Cristo para morrer em meu lugar a fim de me reconciliar com Deus, que perdão e limpeza moral estão disponíveis através de Cristo, etc. A seguir, eu preciso não apenas entender, mas acreditar nestas verdades. E, finalmente, eu preciso depositar minha confiança em Cristo como meu Salvador pessoal e Senhor, a fim de ser salvo do pecado e da separação de Deus.

“O que significa um relacionamento com Deus e para que serve?”. Significa colocar sua vida, seu bem-estar, totalmente nas mãos de Deus, confiando nEle, e apenas nEle para te salvar. Significa se comprometer de todo o coração a seguir Cristo como seu discípulo, permitir que ele modele seu ser a fim de te tornar o tipo de pessoa que ele quer que você seja. Significa dizer a Deus, “Não minha vontade, mas que a Tua seja feita. Eu não pertenço mais a mim mesmo; sou Teu, para ser e fazer o que Tu queres.”

Quando você faz este compromisso com Cristo, o Espírito Santo lhe regenera espiritualmente, e te restaura à relação apropriada com Deus que você deveria ter. E não apenas isto, mas de alguma forma misteriosa você passa a ser habitado pelo Espírito de Deus, e na medida em que nós nos entregarmos diariamente a Ele, Ele transforma nosso caráter de modo a parecermos cada vez mais com Cristo e de modo que nossos caminhos estejam de acordo com o plano providencial de Deus.

Como este novo relacionamento funciona experimentalmente varia de pessoa para pessoa e varia conforme o tempo também. Em alguns casos a pessoa sentirá a presença de Deus de maneira bem real; e outros a pessoa dificilmente terá ciência desta presença, mas a pessoa caminhará pela fé, e não pela vista. No mínimo você deverá experimentar um sentimento de segurança, um sentimento de estar se relacionando com Deus como Seu filho, perdoado e restaurado. Na medida em que você andar no poder do Espírito, você experimentará alegria, paz, amor e outros frutos do Espírito em sua vida regenerada entregue a Cristo.

“Por que falar com Deus?” Porque você o ama! (Isto é como perguntar por que falar com sua esposa!) É claro, você não precisa falar em voz alta, uma vez que Ele pode ler sua mente. E, obviamente, você não precisa dar a Ele nenhuma informação, uma vez que Ele sabe todas as coisas. Mas você deve se comunicar com seu Pai Celeste. “O que uma pessoa deve dizer?” Diga a Ele que você o ama; diga a Ele o quão grato você é por Ele ter te salvado; ofereça a Ele adoração por aquilo que Ele fez e tem feito em sua vida; peça a Ele para lhe guiar, para lhe fortalecer e para lhe ajudar a resistir às tentações.

“Uma pessoa deve orar a despeito do sentimento de que não há ninguém ouvindo?” Você deve falar com Deus, ou orar, sinta você a presença dEle ou não. Isto é parte da sua vida de fé. “O que uma pessoa vai ouvir?” Algumas pessoas afirmam ouvir Deus quase audivelmente, mas na maioria das vezes Ele “fala” a nós através dos escritos inspirados da Bíblia. Quando você ler a Bíblia refletivamente, algumas vezes você encontrará passagens que lhe atacaram poderosamente de forma diferente, nova, talvez lhe convencendo, ou lhe encorajando, ou lhe inspirando, ou lhe direcionando. Nós devemos esperar que Deus fale conosco desta forma, através de Sua Palavra.

“O que é esperado de mim e o que eu devo esperar de Deus?” A resposta para a primeira parte de sua questão é: Tudo! Olhe para a parábola de Jesus dos servos inúteis (Lc 17:7-10). Jesus disse, “Assim também vocês, quando tiverem feito o que lhe foi ordenado, devem dizer: ‘Somos servos inúteis; apenas cumprimos nosso dever’.” Nós temos que dar a Deus tudo o que lhe pertence – a saber, tudo o que temos e somos. Nós devemos ser totalmente dedicados a Deus e totalmente cheios do Espírito Santo.

A resposta para a segunda parte de sua questão é que Deus nos concede, posicionalmente, como estamos em Cristo, o perdão dos pecados, vida eterna, adoção como filhos, e a disponibilidade ilimitada de ajuda e poder para a vida cristã. Além disto, Ele nos dá, experimentalmente, como estamos cheios do Espírito, o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Quando nossa relação com Deus é saudável, o produto de nossas vidas será íntegro, e o resultado da integridade é a alegria. A alegria é um subproduto da santidade, quando a integridade de Deus é realizada em nós.

Se você não se sente impelido a cultivar um relacionamento com Deus, Mark, talvez seja porque você ainda não é um cristão regenerado. Você talvez tenha experimentado a fé no nível assensus, mas não não ainda no nível fiducia. Você ainda não está imerso em amor com Deus, então seu coração está frio em relação a Ele. Jesus disse que aquele que perdoa muito, ama muito. Eu lhe encorajo a meditar sobre sua pecaminosidade e no quanto Deus já perdoou (ou irá perdoar) em sua vida e no quanto custou a Cristo conquistar sua salvação – ele estava disposto a morrer por você! Não é necessário ter alguma teoria de expiação em mente para conseguir apreciar isto. Independentemente da teoria de expiação que você aceitar, permanecerá o fato de que Jesus foi à cruz por você para a sua redenção. Um sacrifício, mesmo que no nível puramente humano, é difícil de sondar.

Se você não for um cristão regenerado ainda, então eu lhe encorajo a se apresentar diante de Deus, em um lugar privado, e fazer uma oração de comprometimento como:

“Deus, eu realmente preciso de Ti. Eu reconheço que sou pecador e miserável e que preciso do seu perdão. Eu creio que Jesus morreu na cruz para me salvar dos meus pecados e agora, da melhor forma que eu consigo entender, eu abro a porta da minha vida e Te convido a entrar e ser meu Senhor e Salvador. Perdoe meus pecados, tome o trono na minha vida, e me transforme no tipo de pessoa que o Senhor quer que eu seja. Eu me rendo a Ti.”

Então, como um novo ser espiritual, comece a receber o alimento que vem da Palavra de Deus, da adoração em grupo, da oração, da confissão e restituição, do compartilhamento da sua fé com os outros, e de outras disciplinas espirituais.

Não é suficiente apenas acreditar nas verdades da cosmovisão cristã. Nossa relação com Deus precisa ser restaurada e curada. Isto virá apenas com o trabalho regenerativo do Espírito Santo em resposta à confiança e comprometimento.

Creditos : http://feracional.net/2010/12/28/o-que-significa-ter-um-relacionamento-com-deus/#more-108

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Filhos de ateus buscam a fé fora de casa


acesse o original aqui : http://delas.ig.com.br/comportamento/filhos+de+ateus+buscam+a+fe+fora+de+casa/n1596935290241.html


Larissa Queiroz recebe uma carta de uma instituição filantrópica e, dentro do envelope, descobre um terço de plástico de brinde. A filha Beatriz, de sete anos, adora a novidade e coloca no pescoço na mesma hora. “Expliquei que aquilo não era um colar, disse do que se tratava e me parece que ela ficou ainda mais interessada”, conta a mãe recifense que vive em São Paulo. Desde então, a pequena pede para rezar toda noite. Outro dia, convenceu o pai a levá-la a uma missa pela primeira vez.

Leia também:
- Conversão: a escolha de uma nova crença
- Ser gentil faz diferença

As novas gerações de céticos, agnósticos e ateus não casam na igreja, não batizam seus filhos, nem têm religião ou falam de fé. Eles simplesmente desconsideram a existência de Deus. “Esse assunto jamais foi tocado aqui casa, inclusive escolhemos a escola com base nisso. Descartamos todas aquelas com qualquer enfoque religioso”, completa Larissa.

Mas isso não impede que, em alguns casos, seus filhos sintam a necessidade e até cobrem uma discussão sobre fé e religião. De acordo com Eduardo Rodrigues da Cruz, professor do Programa de pós-graduação em Ciências da Religião da PUC de São Paulo, os psicólogos cognitivos tem estudado o assunto com crianças de várias faixas etárias. “Suas conclusões: todos somos naturalmente teístas, e, à medida que crescemos, vamos diversificando nossas posturas”, afirma o doutor em teologia, que também é mestre em física. Ou seja, para ele, a fé é uma postura “natural”, que é racionalizada conforme amadurecemos

Crente por natureza
O polêmico cientista britânico Richard Dawkins também defende essa ideia. Conhecido como ‘devoto de Darwin’, em seu bestseller “Deus, um delírio”, o autor sugere que todas as crianças são dualistas (aceitam que corpo e alma sejam duas coisas distintas) e teleológicas (demandam designição de um propósito para tudo) por natureza. Assim, o darwinista dá conta de explicar o que poderíamos chamar de hereditariedade religiosa na qual, inevitavelmente, acabamos por seguir a opção de fé de nossos pais. Só que nem sempre é assim.

Mais:
- Rezar por outras pessoas ajuda a sentir menos raiva
- Você sabe o que é fanatismo religioso?

Em uma noite de mais de uma hora de apagão, escuro total e absoluto, Beatriz, a filha de Larissa, teve uma ideia: "vamos rezar para a luz voltar”. “Eu lógico, relutante, tentei explicar que não adiantaria, mas ela insistiu, insistiu e rezamos. Um minuto depois, a luz voltou”, descreve. Em seu blog, Larissa desabafa: “será que temos como evitar isso? Estou achando que não”.

Marina de Oliveira Pais, carioca, é filha de pai ateu. Sua mãe, assim como muitos brasileiros, foi batizada, mas não pratica nenhuma religião. “Minha mãe não sabe dizer de que doutrina é, por isso também nunca soube muito bem no que acreditar. Eu tinha fé na ‘força do pensamento’, que se pensássemos positivo atrairíamos coisas positivas e se pensássemos negativo atrairíamos coisas negativas”, diz a jovem de 22 anos.

Quando decidiu morar sozinha pela primeira vez, Marina conheceu Bernardo Nogueira, de 20 anos. Apaixonada, ela conseguiu resistir aos convites da família do namorado para ir a uma igreja evangélica só por alguns meses. Mas relata que, já na primeira vez que assistiu ao culto, teve certeza de que estava no lugar certo. “Fiquei maravilhada”, descreve.

Leia também:
- Quero ser freira
- É possível escolher ser feliz?

Ela então mudou drasticamente seu estilo de vida. “Cortei a bebida, as baladas e os palavrões. Hoje meus pais respeitam minha situação de convertida justamente por essas minhas mudanças comportamentais”, afirma.

Sentir-se acolhida em uma doutrina que se baseia na Bíblia é justamente o que importa hoje para Jaqueline Slongo, de 23 anos. Depois de um tempo separados, ela voltou a viver na cidade natal de Curitiba com o pai ateu. Ironicamente, por conta de uma bolsa de estudos, a então adolescente foi estudar em um colégio católico. O retorno à cidade grande, onde as desigualdades sociais são mais gritantes, o descobrimento da Bíblia e a fase de mudanças, levantaram muitos questionamentos. “Comecei a me questionar sobre a existência de Deus, fazia perguntas para as freiras do colégio, mas as respostas não me saciavam", lembra.

Black out
Jaqueline começou a achar que havia alguma coisa errada entre o que lia e o que pregavam suas 'instrutoras espirituais'. "Elas me mandavam rezar, mas eu não curtia”, confessa. Seu pai viajava muito e, como não acreditava em Deus, a filha preferia não falar sobre o assunto com ele. O processo foi sofrido, e aconteceu em meio às transformações da adolescência, à ausência dos pais, e à angústia causada por sintomas de depressão. “Eu era muito agressiva, rebelde, intolerante. Não tinha amigos e sempre me isolava”, conta.

Ela então buscou alívio e conforto na religião. Hoje, a estudante se considera protestante, mas passou por diversas comunidades cristãs diferentes. Diz que não se importa com rótulos, mas sente que é preciso estar em grupo. “Acho importante a vivência em comunidade, pois é no relacionamento com outros que seu caráter se constrói”, afirma.

Com o pai, ficou cinco anos sem poder comentar nada sobre sua fé. Até que, há três meses, consciente da mudança espiritual da filha, ele lhe pediu que comentasse, ‘de forma sucinta’, no que exatamente ela acreditava. A partir de então, ela diz, ele tem pedido que também reze por ele.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O imaginário em as crônicas de nárnia


É impossível assistir a boa parte das cenas da superprodução O leão, a feiticeira e o guarda-roupa, lançado nos cinemas do mundo todo em 2005, sem se impressionar com os personagens fantásticos, os efeitos especiais e as imagens maravilhosas geradas por computador. Mas existe algo mais nessa grande aventura, especialmente para o público cristão: um desafio intelectual e espiritual que "O imaginário em As crônicas de Nárnia", de Glauco Barreira Magalhães Filho, ajuda a desvendar.

Nascido em Belfast, em 1898, C.S. Lewis passou boa parte da infância na biblioteca de sua casa, pródiga em livros de aventura. Adolescente, foi estudar em Londres e teve acesso à alta literatura européia e oriental. Em Oxford, formou-se com louvor em Literatura Inglesa, Grega e Latina, Filosofia e História Antiga. Seu retorno à fé protestante, em 1929, despertou de vez o talento do escritor e influenciou parte considerável de seus escritos.

Fascinado por mitologias, tal como o amigo de academia, também cristão, J.R.R. Tolkien (autor da trilogia O senhor dos anéis), Lewis quebrou os últimos grilhões da imaginação ao criar o universo metafórico de Nárnia, na década de 1950. Feiticeiras, ogros, crianças, animais falantes, Lewis lançou mão de elementos que se vê com freqüência nos livros de fábulas, mas agora para falar dos valores cristãos. Ele sabia do papel fundamental no imaginário para a compreensão daquilo que não podemos apreender apenas pela razão.

E é isso o que Glauco Filho nos mostra: a imaginação nos ajuda a compreender a obra sobrenatural — mágica, fantástica — que Deus está fazendo na História.

A originalidade do pensamento de C. S. Lewis, o incomparável progresso de sua lógica e a criatividade de suas idéias são como um banquete para famintos.
Russell Shedd


Conheça mais sobre C. S. Lewis em www.cslewis.com.br.


Livro indicado para estudantes de ciencias humanas..