quinta-feira, 15 de abril de 2010

Me perguntaram se sou de Direita



Por Eduardo Vaz











Venho ultimamente falando muito sobre questões políticas com amigos no trabalho, e irmãos da igreja. Vi que tinha conceitos formados sem reflexão e por isso me dei a liberdade de saber de fato qual era minha postura política.
Bom, por não ser da esquerda (marxista/socialista) me disseram que sou de direita, e ai estudei e me perguntei: “Será mesmo que sou de direita?”
Ao ler textos de amigos e conhecedores do assunto, percebi que sou um incrédulo em sistemas políticos ideológicos, e na incapacidade do homem em resolver os problemas micros e macros da humanidade.
Meus valores são os valores do reino de Deus expressos na bíblia, e esses valores celestiais são na verdade usados como chamariscos político para interesses próprios eleitoreiros. Ouço marxistas dizerem: “Cristianismo primitivo é o Socialismo que propomos”. Eu não consigo associar, nem de longe, um povo como o primitivo cristão, que dividia com liberdade (sem coerção) seus recursos, aos moldes das opressões igualitárias de países totalitários marxistas/ateístas como China, Cuba e a Ex-URSS.
Na verdade, quem questiona um sistema que fala em distribuir com igualdade e justiça? Quem questiona alguém que diz: casa para todos, comida para todos, educação para todos..... Quem?
No papel essas idéias soam como bonitas e justas, mas quais os modelos poderíamos copiar? NÃO EXISTE!!!!....Em todas as tentativas vimos que não foi funcional, e que trouxe bitolação e opressão ao indivíduo. Aí, os amigos mais mitigadores dizem: Mas Eduardo, pelo menos é um sistema mais justo, que mesmo não vivido em sua completa plenitude traz mais benefícios que outras ideologias. Eu respondo a isso dizendo que se é para dar meu voto a um sistema que tem bases mais justas, eu deveria ver ao menos os pontos onde esse sistema em sua totalidade vai de frente com outros valores aos quais eu acho tão importante quanto: comida, casa, e educação para todos. E os valores da liberdade? E os valores da democracia? E os valores da família? E os valores bíblicos pelos quais devo me nortear? Aqui falo do cidadão Eduardo, que é cristão e está avaliando se é de esquerda. Não estou lidando com o fato de ser ou não a favor do estado laico.
Não é de hoje que no Brasil sabemos que nosso governo tem se aberto ao aborto, a leis beneficiando a militância gay, e contra a liberdade dos pais educarem seus filhos em casa. Será mesmo que isso é de fato um governo que eu como cristão devo apoiar? Não... Mil vezes Não!!!!
E a direita?
A direita é mais uma tentativa de usar o conceito de liberdade individual do ser como propaganda, e usa também alguns pressupostos conservadores na tradição como isca para nos fazer acreditar que seria uma ideologia mais justa porque valoriza os valores (maioria cristãos) e o direito do individuo. Mas será que isso seria suficiente para abraçarmos a direita? Eu seria injusto se não fizesse a mesma critica á direita política, uma vez que vejo a mesma tentativa maquiavélica, de usar alguns pressupostos positivos para tapar o sol com a peneira.
Não sou nem da direita nem da esquerda. Saudarei qualquer um que mesmo não sendo cristão, exerça: justiça, democracia e liberdade nos parâmetros bíblicos, e que não se venda aos valores de ideologias que queiram roubar o lugar de Deus como salvador e Senhor dos homens.

2 comentários:

Renato Camargos disse...

Eduardo, quanto a mim, a dúvida que tenho atualmente não é se sou de direita ou de esquerda, mas quão de direita eu sou. Sou de direita, admito.

Tem um jornalista que tem uma frase legal: "A democracia é o pior sistema político que existe, tirando todos os outros." e é nisso que acredito também. Sei que, depois da queda do muro de Berlim, ficou mais complexo definir claramente esquerda e direita e, alguns, chamam o que acontece na Venezuela, Irã e até em Cuba, de democracia. Mas a democracia que eu valorizo não é aquela fruto de políticas populistas como a do chavismo pois, democracia não é apenas a vontade da população mas, para ela funcionar, a alternância COMPULSÓRIA do poder, têm necessariamente que acontecer. Hitler era muito popular também. Enquanto não houver na Terra um homem perfeito e infalível, o poder não deve ser vitalício para ninguém, assim penso.

Não há nenhum político capaz de deter muito poder sem se corromper. Ainda que tenha começado a carreira com sincero desejo de ajudar os oprimidos.

Esse link abaixo é interessante. Através de algumas perguntas do contexto brasileiro, tenta definir qual o seu posicionamento político:

http://veja.abril.com.br/idade/testes/politicometro/politicometro.html

"O governo da imensa maioria das massas populares faz-se por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários. Entretanto, tão logo tornem-se governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários, e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado. Não mais representarão o povo, mas a si mesmos, e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso, não conhece a natureza humana!". (Mikhail Bakunin, 1814-1876, anarquista russo).


Um abração,
Renato.

Eduardo Vaz disse...

é isso mesmo renato...penso a mesmissima coisa...